
A disputa
foi mais quente entre os candidatos arenistas, o MDB não alimentava esperança
de vencer o pleito. Foi mais uma candidatura de protesto, como era a moda, e
para marcar a presença da oposição na eleição municipal do alto sertão.
À
Câmara Municipal também concorreram candidatos das duas facções da ARENA e do
MDB. Pelo MDB: Afonso
Nunes do Nascimento, José Barreto Modesto,
Emanuel Santiago Alencar, João Emídio Sobrinho e Pedro Cordeiro Gomes. Pela
ARENA 1: Luiz Barreto Alencar, Francisco Jeú de
Andrade, José Freire Binhum, Miguel Braz Sonbrinho, Arlindo Cordeiro da Silva e
José Arruda Jacó. Pela ARENA 2: Valdemir
Batista de Souza, Joaquim Pereira Lima, João Rodrigues Granja, Ancilon Mendes
da Costa, José Rodrigues da Silva e José Deilton Alexandre.
A
ARENA dividiu-se radicalmente. Pedro
Batista foi apoiado por Sebasto, seu primo, e pelo deputado José
Muniz Ramos, com o reforço do grupo Coelho de Petrolina. Valmir Lacerda teve
o apoio do deputado Felipe Coelho e do seu irmão, o industrial Onofre
Lacerda.
Na
campanha eleitoral, as facções arenistas não souberam se conter nos limites da
disputa partidária e derivaram para emulações pessoais, deixando marcas de
intrigas entre famílias. Todavia, a força moral dos velhos pôde controlar a
euforia da gente moça, enfeitiçada pelo novo “status” de político militante,
não permitindo a disseminação da discórdia.
Pedro
Batista venceu pela estreita margem de 89 votos. A Câmara
Municipal ficou assim: Dr. Valdemir Batista de Souza, Dr. Joaquim Pereira Lima
Filho, Luiz Barreto de Alencar, João Rodrigues Granja, Francisco Jeú Andrade,
José Freire Binhum e Miguel Braz Sobrinho
O candidato
do MDB só conseguiu 277 votos de um eleitorado votante de 11.193. 0s 732 votos
dados aos seus candidatos à Câmara Municipal não foram suficientes para
alcançar o coeficiente eleitoral.
Presidiu as
eleições o Dr. Lavanério de Queiroz Duarte.
Pedro
Batista deu continuidade à de administração de Sebasto. Pavimentou algumas ruas
e estendeu o calçamento a outras novas artérias; recuperou as praças e jardins
da Cidade; ampliou o sistema de iluminação pública; construiu mais unidades
escolares, os matadouros públicos de Morais e Nascente; instalou um centro
médico em Nascente; recuperou as estradas municipais e os açudes públicos;
construiu o centro social urbano e mil casas
populares, através da COHAB; perfurou poços tubulares em Feira Nova, Santa
Rosa e Barro; instalou o serviço de micro-ondas, permitindo a comunicação
telefônica com todo o Brasil e com o exterior; abriu a grande Avenida
Antônio de Barros Muniz; reformou o açougue público da Cidade e conseguiu a
instalação da CAGEP, em Araripina. O cinquentenário da emancipação
política de Araripina foi comemorado em grande estilo, na sua administração
(1978)
No dia 14
de maio de 1982, assumiu o governo do Estado o deputado José Ramos, que
carreou para Araripina grande volume de recursos, aplicados em obras de vulto,
salientando o serviço de abastecimento d’água da Cidade, pelo açude de Lagoa
do Barro e a estrada perimetral, cinturão de comunicação
viária da Cidade. Também foi do Governo José Ramos a construção do Terminal
Rodoviário e a instalação do Departamento Regional de Educação – DERE (atual
GRE SERTÃO DO ARARIPE). Tudo ocorreu nos últimos oitos meses da administração
de Pedro Batista.
O escritor
jornalista e professor araripinense Geraldo Granja Falcão, em seu livro “10
anos em 10 meses”, traça, e muito bem, o perfil de José Ramos na paisagem
araripinense, no seu curto período de governo.
PEDRO ALVES BATISTA
(DR. PEDRO)
Filho de Florentino Alves Batista e de Joaquina Batista. Nascido na Fazenda Saco. Formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco. Foi outro neto de Henrique Alves Batista a exercer o cargo de Prefeito de Araripina.
Registros de Dr. Pedro Batista em momentos de campanha política em 1988, 12 anos depois que fora eleito prefeito.
Foto: Dr. Pedro
Alves Batista. Arquivo do Livro - Araripina - História, Fatos &
Reminiscências

Foto: Facebook
No mês de março o ex-prefeito completou 90 anos de vida e apenas 180 dias o separam das comemorações de emancipação do Município de Araripina, que no ano passado também virou uma cidade nonagenária.
Pedro Alves Batista também configura na lista dos melhores prefeitos de Araripina.
Fragmentos do Livro: Araripina - História, Fatos & Reminiscências
De: Francisco Muniz Arraes
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